sexta-feira, 14 de outubro de 2011

História dos Sistemas de Apoio à Decisão

Um Sistema de Suporte à Decisão (SDD ou DSS – Decison Support System) é um sistema que fornece informações de forma a ajudar a resolver problemas não estruturados ou semi-estruturados. De uma forma geral, este é um termo utilizado para qualquer aplicação de computador   que melhora a capacidade de uma pessoa ou grupo para tomar decisões (Marakas – Decision Support Systems in the 21st Century).  
Os DSS são cada vez mais importante para as organizações porque automatizam determinados procedimentos, optimizam as decisões e ajudam a prever o futuro. Destes sistemas espera-se obter informação útil e relevante, conselhos sobre a decisão correcta a tomar (não substituindo o decisor), gestão e acompanhamento das decisões, armazenamento e gestão do conhecimento (capacidade para superar as limitações humanas de processamento de informação) e ferramentas para obter a vantagem competitiva (decidir melhor e mais depressa que a concorrência detectando falhas e oportunidades). Desta forma, os DSS potenciam mais lucros, menores custos e melhores produtos ou serviços.
A história da implementação dos Sistemas de Suporte à Decisão começa em meados dos anos 60 mas desde da introdução do computador que a componente de suporte à decisão teve um grande desenvolvimento. Inicialmente, os computadores produziam relatórios em papel e eram entregues numa base periódica aos utilizadores. Este género de relatórios apresentava grandes dificuldades no que diz respeito à análise por serem previamente formatados segundo determinadas especificações. Este pormenor era uma grande barreira entre o diálogo entre o decisor e a ferramenta pois os sistemas não eram interactivos, o que os colocava um pouco de parte no apoio à decisão (Administrative Behavior de Herbert Simon – fundamento da teoria de decisão e do comportamento organizacional).
Na década de 70, John D. C. Little estava a estudar DSS aplicado ao marketing em Massachusetts Institute of Technology quando este e Lodish relataram pesquisas sobre Mediac, um sistema de suporte e planeamento para os media. Além disto, Litle identificou quatro critérios para a concepção de modelos e sistemas de apoio à gestão na tomada de decisão: robustez, facilidade de controlo, simplicidade e complexidade nos detalhes relevantes. Em 1975, o DSS de Little (Brandaid) foi projectado para ajudar no processo de decisão na promoção de produtos, os seus preços e nas decisões referentes à publicidade. Este autor também ajudou a desenvolver a linguagem de modelação financeira e de marketing conhecida como Express.
A partir dos anos 80, a história é contada pelos sistemas micro. É aqui, que entra em cena uma nova tecnologia: o computador pessoal. É de realçar que quando se adquire um computador, também se acede a um processador de texto e a uma folha de cálculo. É necessário frisar que a folha de cálculo continua a ser, ainda hoje, a escolha de excelência do decisor. A primeira folha de cálculo a aparecer foi a Visicalc (escrito em Pascal) que permitiu vender micro computadores às empresas.

No início dos anos 90, à medida que os requisitos dos utilizadores e o volume de informação cresciam as empresas começaram a aperceber-se dos problemas que a utilização das folhas de cálculo. Começaram a introduzir o conceito de base de dados levando-nos ao desenvolvimento dos sistemas de suporte à decisão de hoje em dia.
Fig. 1 - Evolução dos Sistemas de Suporte à Decisão

Fontes:
  • Marakas, George M. (November 23, 1998), Decision Support System in the 21st Century, Prentice Hall

  • Carlos Ferreira Bispo (1998), Uma Análise da Nova Geração de Sistemas de Apoio à Decisão, World Wide Web


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